A tecnologia sempre foi uma grande aliada da medicina e, atualmente, ela vem sendo cada vez mais usada para realizar prevenção de doenças, diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficazes.

Mas uma das grandes vantagens desta parceria é a segurança do paciente, principalmente quando se trata de procedimentos no cérebro e coluna, que são estruturas muito delicadas do corpo.

O neurocirurgião Márcio Tostes, explica que, para a cirurgia cerebral, existem vários equipamentos para tratar os pacientes com segurança, mas entre eles três merecem destaque.

São eles: o neuronavegador, o micro doppler transcraniano e o uso da monitorização por potencial evocado.

Saiba como funcionam estes aparelhos e como eles podem melhorar a segurança dos pacientes:

 – Neuronavegador: com ele o médico consegue saber com precisão, através de imagens 3D, o local exato da lesão no cérebro, mesmo durante o procedimento cirúrgico.  Isso faz com que a cirurgia seja menos invasiva e, portanto, mais segura.

Com esta tecnologia, o médico consegue retirar apenas o tumor sem correr o risco de atingir outras áreas do cérebro que poderiam trazer danos ao paciente.

Outras vantagens são a diminuição do tempo cirúrgico e a recuperação mais rápida do paciente.

– Micro Doppler transcraniano: extremamente seguro, não invasivo e indolor, pode ser realizado quantas vezes forem necessárias, pois não traz nenhum prejuízo ao paciente.

Trata-se de um aparelho que emite ondas de baixa frequência para avaliar como está a circulação de sangue no cérebro do paciente. Ele pode detectar doenças como estreitamento de artérias, embolia encefálica, hipertensão intracraniana, hemorragias e muitas outras.

Monitorização por Potencial Evocado: é um dos aparelhos mais importantes quando se trata da segurança do paciente. Mas o que é potencial evocado? São sinais elétricos gerados pelo cérebro em resposta a algum estímulo.

A monitorização feita por este aparelho, mostra ao médico qual região do corpo está respondendo ao estímulo provocado por ele durante a cirurgia.

Este aparelho avisa ao médico sobre qualquer intercorrência que esteja acontecendo durante a cirurgia.

Por exemplo: se no ato cirúrgico ocorrer um derrame em uma área do cérebro (que controla os movimentos dos membros do lado direito do corpo do paciente), o médico é avisado pelo aparelho e pode agir prontamente, evitando que ele fique paralisado.

O Dr. Márcio Tostes é neurocirurgião especializado em cirurgias da cabeça, coluna e neurocirurgia endovascular. 
 CRM/SP 66.825  – RQUE 46308 | RQE 463081